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sexta-feira, 5 de julho de 2013

A LARANJA MECÃNICA ....de Anthony Burguess




LIVRO : "Laranja Mecânica" (A Clockwork Orange) Autor: Anthony Burgess




Um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século, revela a perturbadora história de uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário.
 Adaptado para o cinema em 1972 por Stanley Kubric
O titulo insólito do livro, diz Burgess, é o mais fácil de explicar. "Ouvi um velho dizer em um pub que certa pessoa era tão bizarra quanto uma laranja mecânica". Desde então, ficou matutando onde utilizar a expressão.

Distopias célebres :

"Laranja Mecânica" foi escrito em ritmo alucinado por Anthony Burgess (1917-1999) em 1961, e publicado pela primeira vez em 1962. O motivo da pressa era garantir o sustento da esposa após a morte. Ele tinha sido diagnosticado – equivocadamente – com um tumor no cérebro e temia nem terminar o livro. Entretanto, quem morreu poucos anos depois foi sua mulher. Burgess se casou novamente e produziu até a morte, aos 76 anos.
"Laranja Mecânica" logo ganhou destaque entre outras distopias célebres, como 'Admirável Mundo Novo' (1932) de Aldous Huxley e '1984' (1949), de George Orwell, que até hoje fomentam discussões acaloradas.
A narrativa em primeira pessoa conduz o leitor a uma imersão no universo sombrio de Alex, (narrador e protagonista) e de sua gangue. Uma história cheia de roubos, mutilações, estupros e vandalismos diversos. Em resumo, a tal ultraviolência, movida a leite com drogas e trilha sonora de Beethoven – mais especificamente a "Nona Sinfonia".
O ponto nevrálgico é quando, após uma noitada de muita pancadaria, Alex é preso e submetido a uma terapia de condicionamento patrocinada pelo Estado para eliminar seus impulsos violentos. Um método tão doloroso e desumano quanto à ultraviolência de Alex. Ele volta à sociedade incapaz de reagir a qualquer agressão por menor que seja, impotência que o leva quase ao suicídio.
"O que tentei argumentar com o livro era o fato de que é melhor ser mau a partir do próprio livre-arbítrio do que ser bom por meio de lavagem cerebral científica", explica Burgess, em ensaio de 1973.
 O escritor reclama ainda do epílogo, suprimido na versão de Kubrick, que mostra Alex crescendo, aprendendo a desgostar de seu antigo estilo de vida.
O Livro foi transformado em filme por Stanley Kubrick em 1971 e logo passou a ser considerado um movie cult...