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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2014...

O que esperar de 2014?

Poderia responder em poucas palavras: não será um ano fácil para o investidor da bolsa. As razões? Inúmeras... Estamos num transatlântico à deriva. Pior. Sabe quem é o capitão? Não, não é o Schettino do Costa Concórdia que naufragou na costa italiana em 2012. Muito pior. É ele mesmo, o profeta: Guido.

O ano de 2013 foi um desastre para o pequeno investidor no mercado de ações. Até agora, cerca de 20% de prejuízo, sem contar o custo de oportunidade. Até mesmo para os investidores profissionais, o ano não foi fácil. As curtas tendências dos ativos eram interrompidas bruscamente. O descolamento da bolsa brasileira em relação às principais bolsas internacionais foi outro agravante perturbador. Antes, quando lá subia, aqui seguíamos. Quando lá caía, o nosso rumo era o mesmo.  Este ano foi um descompasso total. Enquanto o índice Dow Jones subiu mais de 20% este ano, aqui despencamos o mesmo montante. O ano de 2013 foi desafiador e complexo... 
Os problemas que afetaram a Bovespa em 2013 continuam em pauta e são os mesmos já comentados: inflação persistente, crescimento pífio do PIB, carga tributária excessiva, aumento abusivo dos gastos públicos, queda nos investimentos, intervenções constantes do Governo no setor privado e, o mais grave, a total perda de confiança por parte dos investidores em relação ao Governo Federal. O atual Governo conseguiu destruir em poucos anos o longo trabalho iniciado há 20 anos, com a criação do Plano Real. 

Para apimentar ainda mais o cenário nebuloso, no próximo ano teremos a redução dos estímulos da economia americana por parte do Federal Reserve e um grande fator agravante: 2014 é um ano eleitoral. A volatilidade no mercado de renda variável deverá ser fenomenal. Assim, para quem não gosta de turbulências e é mais conservador, o melhor mesmo é ficar de fora. Sugestão: faça a migração de seus investimentos para os títulos do Tesouro Direto, pois eles terão um bom desempenho nos próximos anos, especialmente as Notas do Tesouro Nacional Série B. Para quem tiver estômago e conhecimento, acredito que teremos boas oportunidades pontuais no mercado de ações, sempre explorando a volatilidade do mercado, haja vista que a possibilidade de um cenário direcional consistente é remota. Outra possibilidade é uma criteriosa seleção de ativos. Todavia...

Três fatores poderiam desencadear o retorno dos investidores e, por conseguinte, um forte movimento de compra das ações brasileiras:
1 = Uma drástica mudança de postura do Governo Federal, corrigindo os erros e, principalmente, promovendo a troca da equipe econômica. O mercado já sinalizou que com o Profeta não tem mais conversa. Basta! Contudo, acho muito difícil que a “Presidenta” tome esta decisão.
2 = Uma melhora significativa e sustentável dos indicadores econômicos. O que também não é provável no curto prazo.
3 = Por último, uma eventual vitória da oposição no pleito presidencial poderia animar o mercado e renovar as esperanças dos investidores. Porém, este talvez seja o acontecimento mais improvável, pois a chance da oposição ganhar é quase nula. Aliás, cadê a oposição neste país? ... Por incrível que pareça, as pesquisas continuam indicando que a “Presidenta” deverá ganhar facilmente. O povo merece seus mandatários. Vivemos numa democracia de pão e circo, ou melhor, Bolsa Família e Copa. Apenas uma verdadeira revolução educacional poderia mudar esta triste realidade.
Desta forma, o prognóstico para a economia brasileira em 2014 é sombrio (espero estar errado!). O duro é lembrar que, se o Governo Federal tivesse feito o dever de casa, poderíamos estar numa situação muito melhor, surfando numa bela onda do desenvolvimento, o que seria bom para todos os brasileiros, sem exceção!

Aproveito a ocasião para desejar a todos um Feliz Natal, além de muita paciência e sabedoria para enfrentar o difícil ano vindouro para o mercado de ações. 
No próximo post escreverei sobre a perspectiva gráfica para 2014.
Boas festas. Tintim!
www.investircadavezmelhor.com.br

O que esperar de 2014?

Poderia responder em poucas palavras: não será um ano fácil para o investidor da bolsa. As razões? Inúmeras... Estamos num transatlântico à deriva. Pior. Sabe quem é o capitão? Não, não é o Schettino do Costa Concórdia que naufragou na costa italiana em 2012. Muito pior. É ele mesmo, o profeta: Guido.

O ano de 2013 foi um desastre para o pequeno investidor no mercado de ações. Até agora, cerca de 20% de prejuízo, sem contar o custo de oportunidade. Até mesmo para os investidores profissionais, o ano não foi fácil. As curtas tendências dos ativos eram interrompidas bruscamente. O descolamento da bolsa brasileira em relação às principais bolsas internacionais foi outro agravante perturbador. Antes, quando lá subia, aqui seguíamos. Quando lá caía, o nosso rumo era o mesmo. Este ano foi um descompasso total. Enquanto o índice Dow Jones subiu mais de 20% este ano, aqui despencamos o mesmo montante. O ano de 2013 foi desafiador e complexo...
Os problemas que afetaram a Bovespa em 2013 continuam em pauta e são os mesmos já comentados: inflação persistente, crescimento pífio do PIB, carga tributária excessiva, aumento abusivo dos gastos públicos, queda nos investimentos, intervenções constantes do Governo no setor privado e, o mais grave, a total perda de confiança por parte dos investidores em relação ao Governo Federal. O atual Governo conseguiu destruir em poucos anos o longo trabalho iniciado há 20 anos, com a criação do Plano Real.

Para apimentar ainda mais o cenário nebuloso, no próximo ano teremos a redução dos estímulos da economia americana por parte do Federal Reserve e um grande fator agravante: 2014 é um ano eleitoral. A volatilidade no mercado de renda variável deverá ser fenomenal. Assim, para quem não gosta de turbulências e é mais conservador, o melhor mesmo é ficar de fora. Sugestão: faça a migração de seus investimentos para os títulos do Tesouro Direto, pois eles terão um bom desempenho nos próximos anos, especialmente as Notas do Tesouro Nacional Série B. Para quem tiver estômago e conhecimento, acredito que teremos boas oportunidades pontuais no mercado de ações, sempre explorando a volatilidade do mercado, haja vista que a possibilidade de um cenário direcional consistente é remota. Outra possibilidade é uma criteriosa seleção de ativos. Todavia...

Três fatores poderiam desencadear o retorno dos investidores e, por conseguinte, um forte movimento de compra das ações brasileiras:
1 = Uma drástica mudança de postura do Governo Federal, corrigindo os erros e, principalmente, promovendo a troca da equipe econômica. O mercado já sinalizou que com o Profeta não tem mais conversa. Basta! Contudo, acho muito difícil que a “Presidenta” tome esta decisão.
2 = Uma melhora significativa e sustentável dos indicadores econômicos. O que também não é provável no curto prazo.
3 = Por último, uma eventual vitória da oposição no pleito presidencial poderia animar o mercado e renovar as esperanças dos investidores. Porém, este talvez seja o acontecimento mais improvável, pois a chance da oposição ganhar é quase nula. Aliás, cadê a oposição neste país? ... Por incrível que pareça, as pesquisas continuam indicando que a “Presidenta” deverá ganhar facilmente. O povo merece seus mandatários. Vivemos numa democracia de pão e circo, ou melhor, Bolsa Família e Copa. Apenas uma verdadeira revolução educacional poderia mudar esta triste realidade.
Desta forma, o prognóstico para a economia brasileira em 2014 é sombrio (espero estar errado!). O duro é lembrar que, se o Governo Federal tivesse feito o dever de casa, poderíamos estar numa situação muito melhor, surfando numa bela onda do desenvolvimento, o que seria bom para todos os brasileiros, sem exceção!

Aproveito a ocasião para desejar a todos um Feliz Natal, além de muita paciência e sabedoria para enfrentar o difícil ano vindouro para o mercado de ações.
No próximo post escreverei sobre a perspectiva gráfica para 2014.
Boas festas. Tintim!

FONTE : www.investircadavezmelhor.com.br