De tudo
me ficou este espaço :
abafado, medido, enrodilhado...
Convés escasso
de mares rasos.
Cansaço em fardos !
Navios passam,
em
atormentados nós
desse naufrágio.
(Espero ainda
A vida perdida
dos continentes)
Nau
em ruínas
Vou mar adentro...
Cupins sumarentos,
devoram-me em ventos
devastações.
Deságuo em terra,
Lavrada, revolvida,
Sulcada.
Transpassada em seu rosto
estação semeada.
(Espero ainda
A vida perdida
dos continentes)
...De tudo
me ficou esse espaço:
terreno baldio em minh’alma,
de tanta chuva lavada
em velas rotas içadas !
(suian moreira)