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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

SÍLABAS DO SILÊNCIO


Fragrâncias de frágeis ruínas
No firmamento da tarde
– Arde o Sol envolto em cores,
Envolto em dores, meu coração – arde.

Minhas cores são estas sílabas
– Uma lamúria quase covarde
– Por seu turno, o sol fenece
Sem pranto, sem som – sem alarde...

E sinto o silêncio do sol
Qual lição, qual exemplo – minha herdade:

Cantar a morte em silêncio
Sem fonema nem sal – só verdade.