SINCRONIA / Crueldade
Texto de Oscar C. E. Quiroga
Dos píncaros da glória à câmara de tortura, assim oscila nossa humanidade.
Eu te torturo um pouco, só um pouco para que não seja evidente e possa me justificar a qualquer momento, mas te torturo.
Aí, você se autoriza a me torturar um pouco também, sob a justificativa
de ter recebido alguma crueldade de mim em algum momento.
Depois sobre a base dessa reação, Eu volto a te torturar, agora coberto de razões e novas justificativas.
Assim, os píncaros da glória anunciados pelo entusiasmo com que todo
relacionamento começa se transforma numa câmara de horrores
inconfessados, mas praticados com extrema meticulosidade e constância.
Se no íntimo dos relacionamentos as coisas são assim, por que deveríamos esperar que os países façam diferente?
O clamor da normalidade estatística autoriza a que países inteiros sejam cruéis com os outros, inventando justificativas.
Não sentis, porém? Não sentis que sopra outro vento e que a inércia de milênios de crueldades está perdendo seu fôlego?
Não sentis algo sutil, porém, firme, anunciando a aproximação de idéias
que criarão uma cisão tão grande entre o passado e o futuro que para as
futuras gerações parecerá incrível que tenhamos vivido do jeito que
vivemos?
Quanto mais esforço fizemos para nos distanciar, nos
desconstruir, nos destruir, mais e mais unidos estivemos e continuamos
estando.
Agora vai! Decide se queres continuar a união num
calabouço ou nesse infinito tempo-espaço de brincadeiras que é o Divino,
em cujo corpo somos e nos movimentamos.
SINCRONIA / Crueldade
Dos píncaros da glória à câmara de tortura, assim oscila nossa humanidade.
Eu te torturo um pouco, só um pouco para que não seja evidente e possa me justificar a qualquer momento, mas te torturo.
Aí, você se autoriza a me torturar um pouco também, sob a justificativa de ter recebido alguma crueldade de mim em algum momento.
Depois sobre a base dessa reação, Eu volto a te torturar, agora coberto de razões e novas justificativas.
Assim, os píncaros da glória anunciados pelo entusiasmo com que todo relacionamento começa se transforma numa câmara de horrores inconfessados, mas praticados com extrema meticulosidade e constância.
Se no íntimo dos relacionamentos as coisas são assim, por que deveríamos esperar que os países façam diferente?
O clamor da normalidade estatística autoriza a que países inteiros sejam cruéis com os outros, inventando justificativas.
Não sentis, porém? Não sentis que sopra outro vento e que a inércia de milênios de crueldades está perdendo seu fôlego?
Não sentis algo sutil, porém, firme, anunciando a aproximação de idéias que criarão uma cisão tão grande entre o passado e o futuro que para as futuras gerações parecerá incrível que tenhamos vivido do jeito que vivemos?
Quanto mais esforço fizemos para nos distanciar, nos desconstruir, nos destruir, mais e mais unidos estivemos e continuamos estando.
Agora vai! Decide se queres continuar a união num calabouço ou nesse infinito tempo-espaço de brincadeiras que é o Divino, em cujo corpo somos e nos movimentamos.
Texto de Oscar C. E. Quiroga
Dos píncaros da glória à câmara de tortura, assim oscila nossa humanidade.
Eu te torturo um pouco, só um pouco para que não seja evidente e possa me justificar a qualquer momento, mas te torturo.
Aí, você se autoriza a me torturar um pouco também, sob a justificativa de ter recebido alguma crueldade de mim em algum momento.
Depois sobre a base dessa reação, Eu volto a te torturar, agora coberto de razões e novas justificativas.
Assim, os píncaros da glória anunciados pelo entusiasmo com que todo relacionamento começa se transforma numa câmara de horrores inconfessados, mas praticados com extrema meticulosidade e constância.
Se no íntimo dos relacionamentos as coisas são assim, por que deveríamos esperar que os países façam diferente?
O clamor da normalidade estatística autoriza a que países inteiros sejam cruéis com os outros, inventando justificativas.
Não sentis, porém? Não sentis que sopra outro vento e que a inércia de milênios de crueldades está perdendo seu fôlego?
Não sentis algo sutil, porém, firme, anunciando a aproximação de idéias que criarão uma cisão tão grande entre o passado e o futuro que para as futuras gerações parecerá incrível que tenhamos vivido do jeito que vivemos?
Quanto mais esforço fizemos para nos distanciar, nos desconstruir, nos destruir, mais e mais unidos estivemos e continuamos estando.
Agora vai! Decide se queres continuar a união num calabouço ou nesse infinito tempo-espaço de brincadeiras que é o Divino, em cujo corpo somos e nos movimentamos.