Te vejo inteiro
feroz, derradeiro.
teu pelo eriçado
ao vento moldado
cavalga o tempo
atravessa estações...
Na curva ruiva,
De tua velha juba
salamandras evocam
aromas de vulcões.
Teu gasto faro
Em cheiros raros
Anuncia a cova rasa,
o fim de teus verões
Não
entre em pânico
Siga viagem !
Não
pergunte, não chame !
Não
deixe mensagem...
Ouça
a música,
Cante os mantras
Junte as pás
e as preces
Sobre as salamandras...
Depois, esqueça
os leões
e seus reinos.
( suian moreira)