"...Amor
é uma coisa que dói dentro do peito. Dói devagarzinho, quentinho,
confortável. É uma mão que vem da cama vizinha, de noite e segura a sua,
adormecida. E você prefere ficar com o braço gelado e dormente a puxar a
sua mão e cortar aquele contato, tão preciso ele é. Amor é ter medo –
medo de quase tudo – da morte, da doença, do desencontro, da fadiga, do
costume, das novidades. Amor pode ser uma rosa pode ser um bife, um
beijo, uma colher de xarope. Mas o que o amor é, principalmente, são duas
pessoas neste mundo".
* Rachel de Queiroz *