NÉON
Subi a encosta
do alto,
deserta...
a cidade oscilava
em
brumas e brancos
na noite desperta.
Lá embaixo as luzes
qual rio indeciso
brilhava nos becos
calçadas e trilhos...
Em góticos cristos
gemiam os sinos ,
choviam meninos
de mãos estendidas.
Silencio! Olhos atados !
Preces imolam o chão desolado!
corpos ofuscam na sombra afluente
o medo estreito,de almas e gente
fracamente iluminado.
fracamente iluminado.
Cascatas de sangue e fome,
serpenteiam ao luar
de néon carmim.
A noite em chamas
lascera em lamentos,
gargantas cortadas
clamando por mim.
..........
Silêncio!
Silêncio!
(suian moreira)